quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MAS VEM CÁ, TCHÊ! ATÉ QUANDO?

Eu me pergunto: até quando será que vou ouvir o povo falando sobre os problemas dessa estiagem? Sim, por que se alguém quer ver 'seca', que vá para o nordeste, isso é apenas uma estiagem. O produtor de milho chora por que perdeu a safra toda, a pecuária leiteira reclama que não tem água para o rebanho, entre outros.

Mas é o seguinte, o Rio Grande do Sul vem sendo desmatado desde a chegada dos europeus, para a produção de culturas (anuais e permanentes) e construção de moradias, basicamente. A vegetação nativa da região norte do estado - com raras exceções - foi totalmente suprimida, para essas atividades, incluindo áreas de preservação permanente diversas. Os banhados foram drenados, as vertentes encontram-se desprotegidas.

O ciclo da água é bem simples: a precipitação (chuva) deve incidir sobre a vegetação, chegar ao solo de maneira a não impactá-lo (erosão), infiltrar até chegar no lençol freático. Desconsiderando a absorção das plantas, a evaporação e a evapotranspiração, a água é armazenada no lençol/aquífero, para somente depois de um longo período de tempo, voltar novamente à superfície terrestre.

O que tem sido feito, é a remoção das matas que protegem os cursos hídricos, e além disso, protegem o solo para evitar o impacto das gotas. Sendo assim, a água toca o solo - desestruturando-o - e sem ter tempo de infiltrar, segue direto para o leito do rio, indo embora rapidamente, além de transportar uma quantidade de sedimento consigo.

Então, a melhor maneira de ter uma fonte de água inesgotável, é proteger muito bem nossas nascentes e cursos hídricos, não deixando - em hipótese alguma! - o solo descoberto. Dessa forma, teremos água por muito tempo, mesmo com estiagens que nem essa que tanto nos assombra.

De que adianta o governo disponibilizar R$ 20 mi para os produtores? Francamente, isso é uma vergonha. A produção de todo tipo de cultura, é exatamente como outro negócio qualquer, os fatores de risco sempre existirão, o que deve ser feito, é sempre munir-se do máximo de ferramentas para que não ocorram problemas. Porém o governo não ajuda a todos... E por que, mesmo?

Enfim, a melhor maneira de utilizar esses R$ 20 mi de que o governo dispõe é a aplicação em proteção de APPs, conservação de nascentes e sistemas de irrigação para as lavouras. É uma pena que isso não dê votos em ano eleitoral.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

terça-feira, 14 de julho de 2009

EXCELENTE

Genial! Pra quem conferiu a receita para gripe, nesses complicados dias de inverno aqui no sul, a Ju, minha ex-colega dos antigos tempos de colégio, materializou numa figura os ingredientes... Aposto que ela deve ter feito em casa e tomado e gostou tanto que se emocionou e até criou emcima. Parece que está entrando em produção o mais novo remédio para gripe... Valeu, Ju!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

VOLTAREMOS...

É o seguinte, para aqueles que já apostavam na morte do blog, podem ficar sabendo que ainda falta muito pra isso... Durante todo esse tempo o blog passou por muitas reformas, como vocês podem ver, tudo está diferente.

Hehehe, tudo continua igual... Mas lá vai, o primeiro post, depois de bater o record parado no fundo do poço, trata de uma receita para esse período de inverno em que muitas pessoas enfrentam resfriados (a receita é da minha avó):

Ingredientes:
- 1 xícara com água quente;
- 3 dentes de alho;
- 1 limão galego*;
- 2 colheres de mel.

A primeira vez que tomei foi meu tio quem preparou. Na verdade é uma barbada de preparar, muito simples. Coloque os dentes de alho descascados dentro da xícara com a água quente, esprema o limão no mesmo recipiente e por final adicione as duas colheres de mel. Mexa bem, retire os dentes de alho e por um instante esqueça que você tem paladar... Isso mesmo, pense que sentir o gosto dos alimentos é meramente psicológico, tome até o fim e pra mim, num período de 24 horas noto diferenças significativas.

* Limão galego é aquele que cor de laranja por fora e por dentro, pequenino, que a gente sempre encontra na casa dos avós...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

80 ANOS

Para quem fica em Porto Alegre durante a semana, pelo menos, vale a pena conferir. Está rolando uma exposição bem legal na Usina do Gasômetro, em homenagem aos 80 anos de sua existência. Nos painéis explicativos há uma sequência de fatos curiosos retirados do jornal Correio do Povo, na época. Um deles é que a Usina começou a operar 4 dias depois do que se pensava: foi no dia 15 de novembro de 1928, e não dia 11.

Outro dado curioso é que a chaminé - de 101 metros de altura - foi erguida no governo de Alberto Bins - ano de 1937 - a fim de resolver o problema da fuligem, que através da queima do carvão escurecia os telhados vizinhos. À época, a chaminé da Usina era a mais alta da América Latina, utilizando-se de um revestimento interno de tijolos refratários vitrificados.

Lá pelo governo do Collares ainda, a Usina do Gasômetro chegou a virar escola. Caminhões pipa do DMLU ficaram encarregados de lavar os dez anos de abandono a que o predio foi sujeito. Com reformas no edifício e professores contratados, o governo seguinte se encarregou de parar o processo e iniciar um novo projeto - o "espaço cultural do trabalho".

As fotos não são menos peculiares. Leonel Brizola, Alceu Collares e Olívio Dutra em ocasiões e momentos bem distintos da Usina. Tire suas próprias conclusões quando conferir. Há uma imagem, bem no início da exposição, onde mostra o estaleiro (Ilha da Pintada) funcionando a pleno vapor. É pequeno detalhe da fotografia, tem que estar atento.

Quando se cogitou a demolição do prédio, as sábias palavras "A cidade que vira as costas para o que lhe deu energia, não merece o nome que tem", (desculpa, mas não lembro o nome da mulher) devem ter caído como um balde de água fria. Enfim, não se ouviu mais em demolição da Usina, sendo tombada pelo Estado em 1982.

Por final, a parte que mais gostei da exposição foi a caminhada entre os fornos gigantes onde era queimado o carvão, ainda no tempo de termelétrica. Em menos de 30 minutinhos dá pra ler tudo e dar uma olhadinha nas fotos. Parabéns, Usina do Gasômetro! 80 anos não é pra qualquer um.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

FAVOR NÃO ESPALHAR!

Alguns conhecidos já me perguntavam sobre A Crise - assim mesmo com letra maiúscula, quando ainda residia nos Estados Unidos. Após retornar ao país do 'mensalão' e do maracatu, mais e mais pessoas me questionaram a respeito do assunto, largamente discutido nos telejornais brasileiros.

Minha resposta foi - na maioria das vezes - sempre igual. Re: "Que crise?" - assim mesmo com letra minúscula. Não sou alienado nem ignorante, sei muito bem do que todos falvam e que queriam ouvir uma opinião de alguém de dentro. Alguém que estivesse vivendo de forma mais intensa e mais de perto aquilo tudo o que se falava nos telejornais por aqui. Ouvir alguém que estivesse lá onde tudo começou(?).

Minha resposta transmitia exatamente o sentimento de um trabalhador que - sozinho - não movimentava de forma significativa a economia, portanto - sozinho - não sentiria seus efeitos. O fato é que os alimentos continuaram com o mesmo preço, as roupas não mudaram em nada, os eletro-eletrônicos não sofreram 0,1% de aumento sequer e a gasolina subiu de preço. Quando cheguei na California - final de março - o galão (3.78 lts) de gasolina estava, em geral, sendo negociado a US$ 2.10. No auge do verão - já em constante aumento - o galão chegou a custar US$ 5.29, atingindo o preço mais alto da história dos Estados Unidos. Nunca havia ocorrido algo do gênero, seria o fim do mundo se aproximando, todos iriam a falência, pois dirigir carros carros populares com 8 cilindros seria inviável.

Logicamente, não seria viável continuar com o preço da gasolina tão elevado. Pois bem, o verão passou, as férias acabaram, os turistas foram embora e parece que o preço do combustível - literalmente - caiu na real. Em novembro, mês em que decidi viajar pelo tão belo Estado da California, o galão de derivado do famoso "ouro negro" estava sendo cotado a míseros US$ 1.99. Há três dias, liguei para um amigo que mora em Los Angeles, que após 2 horas de conversa - sem exagero - me pediu para adivinhar quanto estaria sendo cotada a gasolina por lá. Acreditei que ainda rondava a casa dos US$ 2. Engano meu, em Los Angeles compram-se 3.78 litros de gasolina pela bagatela de US$ 1.68. E adivinhem, o mundo ainda continua de pé por lá...

Será que alguém ganhou dinheiro com isso? (Risadas.) Sem sombra de dúvida. O preço realmente subiu, ou fizeram o preço subir? Acredito na segunda opção. De repente foi a Toyota/Lexus querendo colocar mais Prius no mercado. De repente foi algo muito maior que isso e eu ainda nem consegui imaginar. O que se tira dessa situação toda é muito aprendizado - e alguns, muito dinheiro dos outros.

Em tempos de soberania ou crise econômica, há quem ganhe e quem perca dinheiro. Até hoje, não se viu alguém ficar rico simplesmente juntando seu próprio dinheiro. Isso não existe. O que se viu é alguém ficar rico por juntar dinheiro dos outros e guardar para si. Estou dizendo que no mercado, não há como todo mundo perder. Para alguém ganhar, alguém perde. Para alguém perder, outra pessoa há de ganhar. É assim que funciona: o dinheiro se movimenta de mão em mão, sem pertencer a alguém, apenas encontrando-se disponível para ser utilizado em determinado momento, por determinada pessoa. O dinheiro não se desmaterializa.

Será que alguém ganha dinheiro com a 'crise - global - atual'? Já falei que sim... Para alguns estarem em crise, outros hão de estar nos melhores momentos de seus históricos financeiros. As emissoras (brasileiras) de televisão apenas bombardeam seus telespectadores com "a crise dos alimentos", "a crise dos minérios", "a crise dos abajures" e a "crise dos parafusos de 1/4 de polegada" - que está por estourar - pois a diferença atual da quantidade de pessoas que ganha e perde é muito grande. Há 'muita' gente perdendo, para 'pouca' gente ganhando.

Concluindo, as 'crises' levam esse nome justamente por quê são passageiras. Elas têm um fim, todas acabam. Ocorrem de tempos em tempos, são cíclicas e até o dia em que houver uma pessoa querendo ter mais dinheiro que já possui, continuarão a existir. Para quem está no meio de uma crise, o mundo pode parecer acabar no dia seguinte, cada segundo do dia passa mais devagar e a sensibilidade à notícias e informações fica mais alta. Não há como negar. Como qualquer outra, a atual crise deixará marcas, mas a notícia boa é que ela vai passar... Nunca esquecendo que outras virão.

sábado, 13 de dezembro de 2008

HIDDEN

Esse aí é o restaurante para o qual eu trabalhava em Santa Monica, CA. A maioria dos figurantes são funcionários...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PARAÍSO

Momentos são momentos. Outro dia li da minha amiga Ju o seguinte dizer:

"I still believe in paradise, but now at least I know it's not some place you can look for. 'Cause it's not where you go, it's how you feel for a moment in your life and if you find that moment it lasts forever".

Resumindo, o paraíso não é um lugar mas sim um momento. California é um estado de muita beleza natural e inúmeras áreas de proteção ambiental. Pôr-do-sol à beira do Pacífico, incontáveis praias dotadas de muita infra-estrutura, parques estaduais em meio às montanhas, neve, lagos maravilhosos, pessoas bonitas e educadas. Apesar de ter percorrido a Pacific Coast Highway - rodovia que percorre quase toda costa californiana - de Santa Monica a San Francisco e de ter deparado com paisagens de tirar o fôlego, não foram somente os lugares que fizeram daquilo os tantos "paraísos".

Uma combinação de fatores me fizeram chegar ao paraísos por muitas e muitas vezes durante a viagem. Algumas vezes a trilha sonora fazia a diferenca, por vezes a companhia. Por exemplo, nada como percorrer a Sunset Blvd. ou a Santa Monica Blvd. em direção a Hollywood escutando "LA Woman" do The Doors. A ocasião que lembro bem foi logo que comecei a entrar em San Francisco - dia 18 de Novembro de 2008 - tempo fechado com cara de Serra Gaúcha, nevoeiro encobrindo as principais partes da cidade, e avistei a primeira placa apontando para a Golden Gate Bridge.


No som do carro estava comecando a tocar "Warehouse" do Dave Matthews. Detalhe: versão ao vivo de NYC, direto do Central Park. Vidros abertos, nevoeiro baixando a temperatura, eu nem sabia que estava fazendo a última curva antes de chegar pela primeira vez na ponte! Atravessar a ponte pela primeira vez, ouvindo essa música, com os vidros abertos e todos os fatores que cercavam a ocasião fizeram desse momento um dos "paraísos" dessa viagem. De arrepiar!


Tomando um café da Starbucks - que falta faz o cinnamon dolce latte de todos os dias! - certa vez li a seguinte inscrição no copo:

"I used to think that going to the jungle made my life an adventure. However, after years of unusual work in exotic places, I realize that it is not how far off I go or how deep into the forest I walk that gives my life meaning. I see that living life fully is what makes life - anyone's life, no matter where they do or do not go - an adventure."
-- Maria Fadiman
Geographer, ethnobotanist and National Geographic Emerging Explorer.

Não acredito que seja só o momento ou o lugar somente. Uma boa mistura dos dois, com uma pitada de diversos fatores, nos fazem chegar ao paraíso por diversas vezes na vida.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FÉRIAS

Depois de quase um ano de trabalho, resolvi tirar férias. Duas semaninhas aqui, mais duas semaninhas no Brasil não faz mal a ninguém. Na primeira semana finalmente conheci San Francisco e South Lake Tahoe. Vou começar pelo fim, essa foi uma partezinha da volta para Los Angeles pela US 395 - dica da Úrsula! Penhascos gigantescos e visuais de deixar qualquer um de boca aberta fizeram parte do trajeto por muito tempo, antes de se aproximar do sul do Estado.
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Uma vez me disseram que a neve molha. Foi testado e aprovado, neve molha. Na foto acima a neve ensopou meus tênis! E o urso ficou pra próxima. Assim como neve em grande quantidade. Lugarzinho pra passar bem mais tempo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

RECOMPENSA

Depois de dois dias terrivelmente nublados e de cara feia, vem a recompensa...