Enquanto eu ainda estagiava na Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Erexim/RS, rolava pelos bastidores, um debate sobre a coleta e destinação final dos resíduos sólidos na cidade. A prefeitura, enquanto poder público, era responsável pela coleta e disposição final (leia-se aterro controlado e/ou sanitário) dos resíduos sólidos gerados no município, o que para efeitos de administração, traduz-se em custo.
De forma a reduzir gastos e minimizar os danos/impactos ambientais, causados pela quantidade gigantesca de resíduos gerada pelos moradores da zona urbana de Erexim, a Prefeitura Municipal decidiu investir na conscientização da população. Através da Lei nº 4.103, de 27 de dezembro de 2006, ficando proibido ao domicílio depositar - mesmo que temporariamente - seus resíduos em cestos fixos junto aos passeios públicos e canteiros centrais. Para facilitar a coleta seletiva (resíduos recicláveis) - e reverter isso em economia para o município - os recipientes deverão estar pintado de duas cores diferentes: marrom para lixo orgânico, e amarelo para lixo seco. Dessa forma, Erexim economiza com a coleta de resíduos, que serão previamente separados; e economiza com a destinação final, aumentando a vida útil das células do aterro sanitário. E ainda sai ganhando no aspecto visual, não permitindo lixo nas calçadas.
Paralelamente a isso, continua sendo desenvolvido um trabalho excelente de educação ambiental, capaz de combater o problema dos resíduos sólidos diretamente na fonte, sua "geração".
O secretário Luiz Felipe DeMarchi afirma que o objetivo é fazer com que cada cidadão sinta-se responsável pelo lixo que produz: “Quando em área pública o lixo passa a não ter ‘dono’, sujando a cidade, entupindo boeiros, prejudicando a estética da cidade, criando vetores de doenças, e animais indesejáveis. Com a implantação desta Lei toda a comunidade sairá beneficiada”.
Parabéns Erexim! Parabéns Maria Munaretto, grande idealizadora e apoiadora do projeto.