sábado, 30 de agosto de 2008

EU CHAMO DE EGOSÍSMO.

A história é a seguinte: o "morador de rua" (?) chega para pedir comida na sua casa, na segunda-feira. Ele conta uma história triste, alega ter perdido todos seus pertences na Revolução Farroupilha, está tentando recomeçar a vida e está desesperado por dinheiro - para a passagem de ônibus - e comida. E comenta que uma roupinha não cairia mal.
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Pois bem, a história lhe comove, você dá tudo o que ele pediu e vai mais longe, pensa quantas pessoas como ele existem no bairro, na cidade e no mundo (bem mais longe!). Após descobrir uma instituição perto da sua residência, dessas que ajudam os moradores de rua, resgatam-os para dar banho, comida e um lugar para dormir por uma noite. Está bem, duas.
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Resolve ajudar essas pessoas, através de doações. Caridade. Aquilo tudo passa a lhe fazer bem e, consequentemente, você prossegue com as doações, ficando cada vez melhor consigo mesmo. O seu prazer se torna levar mantimentos e roupas para a instituição.
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A situação que encontro é a seguinte, a cada carregamento de roupas e mantimentos que você deixa por semana, fazendo com que isso o deixe mais feliz e mais tranquilo quanto aos problemas do mundo, você se torna mais egoísta. O Igor enlouqueceu longe dos amigos? Não. É uma grande sacanagem fazer uma doação por ela te deixar mais feliz. Você continua se preocupando com você, usando a desculpa de se preocupar com os moradores de rua...

2 comentários:

Beti Copetti disse...

ai ai ai Eu disse que tava na hora de voltar!

Rita Queiroz disse...

yep!

Um mendigo que perdeu tudo na revolução farroupilha? E ele vive nos dias de hoje? Éum mendigo highlander???????